09/06/2020
O SIEMACO São Paulo comemora e homenageia neste 9 de junho, Dia do Porteiro, todos os homens e mulheres que atuam dia e noite nas portarias e controles de acesso, zelando pela segurança, conforto e comodidade das pessoas. Mesmo diante da pandemia causada pelo novo coronavírus, esses profissionais não medem esforços para cumprir, com dedicação e esmero, suas funções de proteção à sociedade.
Alguns trabalhadores e trabalhadoras explicam aqui como é o trabalho que exercem no dia a dia. Gilson Ferreira da Boa Morte, 54 anos, casado e pai de dois filhos homens, um adolescente e um jovem, é porteiro há mais de 20 anos. Ele fez um curso de vigilante no Centro de São Paulo e como não conseguiu emprego na área, à época, migrou para a portaria, onde se encontrou continua atuando até hoje.
Para ele, a profissão de porteiro é a ideal. “Eu gosto do que faço”, conta Gilson, que atualmente trabalha num condomínio em Santana, na Zona Norte da Capital. “Eu gosto que me deixem trabalhar, com liberdade e responsabilidade”, complementa.
Gilson avalia que o profissional que fez um curso ou que trabalha há algum tempo na área conhece bem a rotina, os moradores e tudo o que acontece no condomínio. Por isso, “ele sabe o que tem que fazer”, avalia Gilson, que aproveita a oportunidade para parabenizar a todos os porteiros. “Desejo que Deus nos ilumine nesse caminho, nessa batalha que estamos trilhando. Estou certo de que Deus vai pôr a mão e com certeza logo a gente vai sair dessa, com fé, tenho certeza”, finaliza.
Para o presidente do SIEMACO-SP, Moacyr Pereira, a categoria merece o reconhecimento. "Nós temos muito orgulho de representar esta importante categoria, pela qual lutamos e conquistamos para os trabalhadores e trabalhadoras de portarias e controles de acesso uma Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) forte, com benefícios que melhoram muito a qualidade de vida desses importantes profissionais", disse Moacyr.
José Ilton Almeida do Nascimento - Foto: Arquivo Pessoal
José Ilton Almeida do Nascimento, 38 anos, separado e pai de quatro filhos: uma menina de 8 anos e três meninos com 11, 16 e 19 anos, respectivamente. Ele conta que sempre trabalhou em padaria, com o pai, desde os 13 anos. “Assim fiquei até meus 28 anos, como padeiro. Após o falecimento do meu pai, em 2012, me desinteressei pela profissão e resolvi mudar de área. Assim me tornei porteiro”, conta.
O porteiro, sempre discreto, às vezes se depara com situações inusitadas. “Logo que comecei na profissão, numa portaria, no meu primeiro plantão, a noite, fui fazer uma ronda nas escadarias e encontrei um casal jovem, ‘praticando atos libidinosos’. Eu os abordei e avisei que iria relatar o caso aos responsáveis. Eles ficaram chorando na portaria, tentando me convencer a não contar”, relata Ilton, que atua na área faz 8 anos e há 5 está trabalhando para a empresa BR Fort.
Quanto à rotina de trabalho em meio à pandemia do coronavírus, Ilton explica que segue rigorosamente os cuidados recomendados pelas autoridades de Saúde: usa máscara no rosto e álcool em gel 70 nas mãos. “Fora isso, não mudou em nada a nossa rotina. Seguimos trabalhando da mesma forma, Graças a Deus. Estamos seguindo em frente”, disse.
Ilton também deixa uma mensagem aos colegas. “Desejo que todos se dediquem a nossa profissão e que valorizem sempre o outro, o amigo do lado, pois juntos somos mais fortes”.
Elidete Justino de Santana - Foto: Arquivo Pessoal
Elidete Justino de Santana, 37 anos, casada, mãe de 1 filho de 11 anos e gestante de 17 semanas, é porteira há 8 anos e segue trabalhando na área, na BR Fort da Mooca, em São Paulo. O marido dela também atua na área, como vigilante. “Considero uma boa profissão e, atualmente, acho ótimo o local onde estou trabalhando”, disse.
Quanto à pandemia, ela avalia que a rotina de trabalho está modificada. “Minha rotina mudou um pouco sim, não vejo a hora de voltar tudo ao normal”, desabafa ela, e deixa uma mensagem aos colegas: “Gostaria de parabenizar a todos, porque somos dignos dessa profissão; que Deus abençoe a todos, dia após dia e a cada plantão”.
Abel dos Santos - Foto: Arquivo/Pessoal
Abel dos Santos, 38 anos, solteiro, avalia que sua história nessa função é muito simples de resumir. “No ano de 2013 eu estava trabalhando com telemarketing e um amigo me sugeriu fazer um curso de porteiro. Fiz um curso, comecei a trabalhar e nesse mês de junho completo 7 anos de profissão”, conta. Ele fez o curso numa escola em Santo Amaro (SP).
Para Abel, as mudanças recentes também se resumem aos cuidados para evitar o contágio pelo novo coronavírus. “O uso de máscara e a higienização reforçada das mãos, principalmente para receber entregas dos condôminos".
Ele faz uma avaliação da profissão nessa data. "Nosso trabalho é essencial, embora nem sempre é visto dessa maneira; cooperamos com a segurança e comodidade das pessoas nos locais onde atuamos e é engrandecedor notar a importância do que fazemos, bem como é essencial poder se sentir-se util", finaliza.