Segunda reunião da campanha salarial da Limpeza Urbana termina com cobranças do SIEMACO-SP

Na manhã desta segunda-feira (29), a diretoria do SIEMACO São Paulo e parte da assessoria participaram da segunda rodada de negociação da campanha salarial 2025/2026 da Limpeza Urbana, realizada na sede do SELUR (Sindicato das Empresas de Limpeza Urbana de São Paulo), na Avenida Paulista. A reunião também foi acompanhada pelo STERIIISP (sindicato dos motoristas) e virtualmente por trabalhadores reunidos no auditório do SIEMACO-SP.
O encontro debateu cláusulas sociais e econômicas da pauta de reivindicações aprovada após dezenas de assembleias em garagens e alojamentos durante o mês de julho. Foram levados pontos como a necessidade de revisão da troca de luvas na coleta e na varrição, e o fim da prática conhecida como “cachimbo” — função em que trabalhadores são designados a vigiar e denunciar colegas, considerada um desvio de finalidade e prejudicial à categoria. Inicialmente, os representantes patronais disseram não reconhecer essa função, mas após reunião interna admitiram a sua existência e se comprometeram a avaliar soluções.
As cláusulas econômicas também foram colocadas em debate, com o SIEMACO-SP defendendo a reposição integral da inflação e a conquista de ganho real para toda a categoria. “Nossa cobrança é clara: condições dignas de trabalho, respeito às cláusulas sociais e valorização econômica. Não vamos aceitar retrocessos, muito menos práticas que prejudicam a vida e a rotina dos trabalhadores, como a falta de equipamentos adequados e o chamado ‘cachimbo’”, afirmou o presidente André Santos Filho.
A próxima reunião de negociação foi agendada para esta sexta-feira (03/10), às 10h, novamente na sede do SELUR, com transmissão ao vivo para os trabalhadores no auditório do SIEMACO-SP. André reforçou que, caso não haja avanço, as discussões voltarão às garagens e alojamentos para que a base decida os rumos da campanha. “Se não houver entendimento, vamos ouvir diretamente os trabalhadores. São eles que decidem os caminhos da luta, porque sem esses profissionais o serviço essencial não acontece.”
Por Fábio Lopes – MTb 81.800/SP – ; com fotos de Alexandre de Paulo – MTb 53.112/SP – (auditório Selur) e Fabiano Polayna – MTb 48.458/SP – (auditório SIEMACO-SP).




























































