Prefeitura volta atrás, cancela demissões na Limpeza Urbana e sindicatos voltam a negociar
Quatro dias após anunciar corte de verbas e demissão na Limpeza Urbana, a prefeitura municipal de São Paulo voltou atrás e reviu a sua posição. Com a empregabilidade assegurada, os sindicatos dos trabalhadores e patronal voltaram a discutir o reajuste salarial, hoje (22), mas ainda sem acordo. Uma nova rodada de negociação acontecerá amanhã (quarta-feira) pela manhã, com assembleia dos trabalhadores às 16hs, na sede do Siemaco.
O presidente Moacyr Pereira reforçou a posição de que não negociará abaixo do índice inflacionário, já que a perda no período é condição básica para iniciar os debates. “Os trabalhadores já estão fazendo a sua parte e os empresários têm de reconhecer o esforço e dedicação dos seus funcionários”, acrescentou.
Lembrando que a categoria já perdeu 9,88 de poder de compra para a inflação, Moacyr enfatizou que esse deve ser o patamar mínimo para que as conversas tenham seguimento. O diretor financeiro do Siemaco, Edson André, ressaltou que nunca, em sua história, o Siemaco fechou uma Convenção Coletiva sem aumento real pago às categorias representadas.
O presidente do Selur, Ariovaldo Caodaglio, iniciou a reunião oferecendo 9,04% de aumento salarial e 9,88% no tíquete-refeição e vale alimentação, além de repensar benefícios como insalubridade, convênio médico, odontológico, PPR e vale alimentação por 120 dias para trabalhadores afastados por acidente. Moacyr rejeitou a proposta, argumentando:
“Queremos discutir aumento real, acima da inflação do período, calculado pelo INPC. Inclusive para prevenir futuras perdas”. Na sequencia, o presidente do Selur pediu uma pausa, mas depois de reunir-se com a sua diretoria voltou sem apresentar novas propostas. A negociação foi interrompida e reagendada para essa quarta-feira, dia 23, às 11 horas.