Pioneirismo do Siemaco promove debate sobre Assédio Moral no Ambiente de Trabalho em pleno sindicato
Uma denúncia está sendo apurada no Ministério do Trabalho e o Siemaco, muito mais do que cobrar responsabilidades e ressarcimento das perdas, deu uma aula de responsabilidade sindical ao convidar trabalhadores, gestores e autoridades para combater o assédio moral no ambiente de trabalho. Tendo a frente a diretora Maria Silva, que responde sobre o tema e tem levado a discussão para os setores de trabalho, os palestrantes Cristina Corral e Jaudenir da Silva Costa esmiuçaram o tema.
“Muita gente é vítima e não sabe, porque não tem entendimento do que é o assédio moral. Estamos aqui para esclarecer. Peço que todos vocês sejam multiplicadores, partilhando o conhecimento gerado aqui, hoje, com os seus colegas”, salientou o presidente do Siemaco, Moacyr Pereira. Maria completou: não é mais possível negar o assédio. É preciso combatê-lo.
Na plateia, trabalhadores da empresas Canadá, Centro, Embrase, Guima Conseco, Soluções e Mopp/Mosca mostraram-se mais do que interessados, e sim preocupados em se instrumentalizar para lidar com a questão. Aplaudiram a iniciativa do sindicato em promover o debate, esclarecendo maneiras de identificar, combater e reverter suas consequências.
Mal do século, o Assédio Moral é uma doença contemporânea
Por definição do Ministério do Trabalho e Emprego, assédio moral “é o sofrimento solitário, que faz mal à saúde do corpo e da alma”. Cristina Corral, que responde pela Coordenadoria Geral de Autonomia Econômica da Secretaria Municipal de Políticas Públicas para Mulheres, enfatizou que o assediador costuma isolar, hostilizar, ridicularizar o trabalhador ao mesmo tempo em que induz a reprodução dos atos vexatórios pelos colegas contra a vítima.
De uma maneira clara e muito bem-humorada, ela tentou tornar leve um tema tão difícil. Afirmou que as mulheres são mais vitimadas pelo assédio moral no ambiente de trabalho do que os homens, e ponderou: se não podemos mudar o outro, podemos promover mudanças através das nossas próprias atitudes.
O Coordenador da Comissão de Igualdades de Oportunidades e Gênero, Raça , Etnia e Pessoa e de Pessoas com Deficiências e de Combate à Discriminação da Superintendência Regional do Trabalho do Estado de São Paulo, Jaudenir contou que 89% das ações geradas no SRT são de assédio moral. “Os trabalhadores vitimados chegam adoecidos e desestabilizados”. Explicou que o assediador desumaniza a sua vítima, que muitas vezes demora para perceber o crime e adoece de forma grave.
Apesar de não existe legislação específica no Estado de São Paulo para punir o assédio moral no trabalho, a Justiça costuma acolher as denúncias e punir a empresa, que é responsável pelo ambiente de laboral. Geralmente as penas são pecuniárias (monetárias), por isso o ideal, segundo Jaudenir, é disseminar a cultura contra o assédio através da conscientização. “É preciso evitar o adoecimento do trabalhador e a degradação do ambiente de trabalho”.
Reconheça o assédio Moral no Trabalho:
É assedio quando há exposição vexatória, constrangedora e humilhante durante o exercício da função;
O assediador desqualifica e desestabiliza emocionalmente a vítima;
O assediador promove um ambiente hostil entre os colegas de trabalho.
Atenção:
Assédio moral é crime. Procure o Siemaco e denuncie!