Siemaco recorre ao consulado do Peru, no Brasil, para reverter a expulsão do sindicalista alemão Orhan Akman

 Siemaco recorre ao consulado do Peru, no Brasil, para reverter a expulsão do sindicalista alemão Orhan Akman

IMG_3309.jpg Siemaco Manifestação no consulado do Peru pela Alerta Migratoria Orham Akman

Líderes sindicais argentinos, brasileiros e chilenos protestaram na manhã dessa quinta (12), em frente do Consulado do Peru no Brasil, localizado na Alameda Campinas, região nobre da capital paulista. Organizado pelo Siemaco, Fenascon e UGT, em colaboração com a UniGlobalUnion e o SEIU (Service Employees Internacional Union) o protesto culminou na entrega de documentos individuais, assinados por todos os sindicatos presentes, ao Cônsul Geral do Peru, Arturo Jarama.

 

Pelo menos 60 sindicalistas participaram do ato internacional, incluindo o sindicato dos comerciários, gráficos e as comitivas da Argentina e Chile – respectivamente Sindicato dos Obreros de Maestranza e Fenasinaj (Federación Nacional de Sindicatos de Trabajadores de Empresa e Interempresas de Servicios, Aseo, Jardines, Ornatos y Rellenos Sanitarios De Chile. O diretor regional da UniAméricas, Marvin Largaespada, representou a sindicato global e Joey Simoes, o maior sindicato de todo o mundo, o SEIU.

“Organizamos um protesto de repúdio à expulsão do colega sindicalista Orhan e pela revogação imediata da medida”, contou o diretor do Siemaco, Elmo Nicácio (Lagoa). Relatou que o cônsul “levou um susto” ao ver o protesto, mas recebeu os sindicalistas de forma respeitosa e interessada.

A comitiva entregou documentos reivindicando ações que revertam à posição do presidente da República do Peru, Ollanta Humala. Solicitou, sobretudo, o retorno imediato do sindicalista alemão ao país

Alegando não ter poder para tanto, Arturo Jarama se comprometeu a encaminhar os documentos às autoridades peruanas. Também não soube explicar as razões porque Orhan Akman foi expulso do país.

Entendendo o caso

Orhan Akman trabalhava normalmente como dirigente sindical, no Peru, quando, em abril passado, por resolução do Ministério do Interior da República do Peru, foi cancelada a “permanência com impedimento de ingresso ao país”. Foi negado sequer o direito de defesa ao sindicalista.

O assessor da UNI Américas foi acusado de “alterar a ordem pública, a tranquilidade e a paz social”, depois de ter participado de uma paralisação pacífica junto aos trabalhadores de Cencosud, no mês de outubro de 2015. Para a UNIGlobalUnion, a expulsão do colaborador fere os direitos humanos.

Marvin Larga espada retomou o protesto na sede do Siemaco, no final da tarde. Ressaltou que Orhan Akman foi expulso injustamente do Peru, sem ao menos sem ter sido informado dos motivos.