Enfrentando os perigos do lugar, sindicato aproxima-se dos trabalhadores das comunidades mais carentes da capital paulista
Pelo menos 120 profissionais da Limpeza Urbana atuam em espaços muito particulares, onde muitas vezes nem mesmo o Estado consegue intervir. São as comunidades espalhadas pela cidade, onde o poder é dividido entre o oficial e o paralelo.
Três assessores sindicais iniciaram a aproximação com esses trabalhadores que, moradores dos lugares, executam a varrição e coleta e a informação faz a diferença. Desde que Alex, Álvaro e Aparecido começaram esse trabalho tão especial (depois Waldecir juntou-se ao grupo) falta muito pouco para a sindicalização total.
Na semana passada, foram visitadas as comunidades Água Branca, Coruja, Funerária, Marconi, Nhocuné, Piratininga e Sapé. Mais 15 profissionais assinaram a ficha de filiação.
“Não é fácil entrar nas comunidades, onde impera o perigo do tráfico. Os traficantes ficam de olho, muitas vezes só conseguimos entrar com o carro oficial da empresa prestadora de serviços e somos rodeados e acompanhados deperto e de longe. É um trabalho difícil, porém gratificante”, conta Alex.
Afinal, não importa aonde o trabalhador se encontra, o Siemaco faz questão de ir até eles! Algumas vezes são horas de viagem para atender a apenas um trabalhador, mas o sindicato faz questão disso para esclarecer dúvidas e se aproximar da categoria, sem exceção.