Alunos da Central de Cursos conquistam o diploma, e querem mais
No ano que a Central de Cursos comemora dez anos de atividades promovendo a educação do trabalhador, 31 alunos receberam os seus diplomas na noite de quinta-feira (8), no teatro do (Centro de Integração Empresa Escola). O maior grupo dentre as empresas/instituições parceiras que promovem a educação formal para adultos e estrangeiros, os profissionais foram saudados pela coordenadora da Central de Cursos, Roberta Butolo, e pelo diretor do Seac, Luis Luzzi
“A educação dá condições individuais para uma luta mais digna”, salientou em seu discurso o presidente do CIEE, Luis Gonzaga Bertelli, denunciando que metade do povo brasileiro ainda é analfabeto puro ou funcional. “Enxergamos luzes na formatura desses 130 alunos”, ponderou.
O paraninfo da turma, Antonio Jacinto de Palma, convocou os formandos a “lerem de tudo e cada vez mais”, de jornais a livros, pois assim a cultura individual cresce. Professor da Fundação Getúlio Vargas e presidente-emérito do CIEE, ele foi taxativo: a pessoa que não sabe ler também não sabe ouvir, pois não entende a mensagem completamente.
Representando os estagiários, o ex-professor e agora funcionário da Central de Cursos, William Santos, foi ovacionado ao afirmar que “ensinar não é transferir conhecimentos, mas criar possibilidades para a sua própria produção ou a sua própria construção”. Lembrou que a exclusão está diretamente relacionada à desigualdade social e que ensinar é praticar a valorização das diferenças.
Parceria mais do que vitoriosa
Defendendo a livre negociação entre sindicatos e patrões para aproximar as instituições, o diretor do Sindicato das Empresas de Asseio e Conservação, Luis Nuzzi, contou a história da parceria entre o sindicato patronal e o Siemaco, depois acrescida pelo CIEE e o Metrô. O sonho da promoção da educação do trabalhador da categoria do Asseio e Conservação vingou e hoje é sucesso. Como sempre, ele se emocionou ao relatar essa conquista.
Roberta Butolo salientou que a educação propicia ao trabalhador se inserir “numa nova realidade”. “A educação leva a um novo olhar, inclusive a valorização de si mesmo, rompendo a invisibilidade”, enfatizou, lembrando que a conquista de cada trabalhador também é uma vitória do sindicato e da Central de Cursos.
Incentivo do companheiro e testemunho dos filhos
A formada era Juliana Ferreira do Rosário, mas quem estava feliz mesmo era o seu marido, Luis Piauí Neto. O casal se conheceu há cinco anos, colegas na Guima Conseco. Auxiliares de limpeza, ele cuida do banheiro da estação Sé do Metrô e ela da República.
Piauí, como gosta de ser chamado, adora ler, mas confessa que tem um pouco de dificuldade e tem planos de voltar a estudar. “Eu a incentivei porque ela é mais jovem e tem todo um futuro pela frente. Ele tem 52 anos e ela 29 e juntos criam quatro filhos: um do casal e três de Juliana.
“Para mim, o estudo vem em primeiro lugar”, enfatiza Piauí, ciente que a mulher pode fazer faculdade e crescer profissionalmente. Ela, que ficou órfã e teve de parar de estudar, correspondeu a confiança e em apenas um ano concluiu o ensino fundamental. Migrante de Minas Gerais ela já se matriculou para terminar o ensino médio. “Quero fazer pedagogia”, contou.
Atenção:
Conquiste você também o sonhado diploma e agregue valor ao seu talento como trabalhador. Matricule-se na Central de Cursos do Siemaco.
Informações pelo telefone: 11- 38256444 ou pessoalmente na sede ou subsede do sindicato.