Comitê Mundial de Serviços e Vigilância da UniGlobalUnion reúne-se no Brasil e conhece a sede do Siemaco
Após um dia inteiro de detabes a delegação estrangeira da UNI Global Union, formada por representantes de onze países, visitou a sede do Siemaco SP na noite dessa quinta-feira (4). Integrantes do Comitê Diretor Mundial de Serviços e Vigilância, eles conheceram as atividades da Central de Cursos, inclusive os alunos (trabalhadores) que assistiam então ás aulas de inglês, português para estrangeiros e capacitação para copeira.
Vindos da Argentina, Belgica, Chile, Dinamarca, Estados Unidos, Holanda, Suécia entre outros países, os sindicalistas conheceram ainda um pouco da cultura brasileira, representada pelos ritmistas e passistas da Escola de Samba X9 Paulistana. Terminaram a noite desgustando o tradicional churrasco brasileiro.
Trabalho global e apoio local
A reunião anual do Comitê Diretor Nacional de Serviços e Vigilância da UNI integra o estatuto da entidade. Este ano, o Brasil foi escolhido estrategicamente devido à realidade política que ameaça a organização sindical nacional, reconhecida internacionalmente pelo trabalho realizado na luta pelos direitos dos trabalhadores locais. O SiemacoSP é considerado um dos mais importantes membros da UNIGlobalUnion, pela representatividade e ações realizadas, ao lado do SEIU (Service Employees Internacional Union), dos Estados Unidos, o maior sindicato global.
Durante a manhã, o presidente do Comitê de Serviços e Vigilância, Tom Balanoff, abriu a reunião que se estende nessa sexta-feira (5). O presidente do SIemaco SP e Conascon (Confederação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Prestação de Serviços em Asseio e Conservação, Limpeza Urbana e Áreas Verdes), Moacyr Pereira, falou sobre o trabalho na cidade de São Paulo e contou sobre as práticas antissindicais em curso no Brasil.
Na sequência, os sindicalistas associados apresentaram propostas de trabalho, exemplos de sucesso e iniciaram os debates para revisão e elaboração do planejamento das metas.Inclusive, debatem a definição do Plano de Trabalho para o ano de 2017.
O Secretário Geral e diretor da UNI para as Américas, Márcio Monzane, salientou que os líderes sindicais desempenham um importante papel na luta pelo fortalecimento do sindicalismo que, segundo ele, enfrenta uma onda conservadora mundial. “Estamos aqui para trabalhar mas também prestar o nosso apoio aos sindicalistas brasilerios, afinal, também é papel da UNI o enfrentamento e a resistência”, salientou.
Entre as funções da UNI, listou a solidariedade coletiva internacional, a manutenção das boas relações com as empresas multinacionais visando o bom relacionamento com os sindicatos e a manutenção dos direitos dos trabalhadores e o apoio aos sindicatos filiados que enfrentam dificuldades pontuais. Citou o momento delicado enfrentado pelo SEIU e os sindicatos brasileiros que enfrentam uma política antissindical.
Para o presidente do Sindicato do Chile, Armando Soto Jaldes, o momento é de aprender e trocar experiências. Segundo ele, a UNI reúne sindicalistas que trabalham em realidades diferentes, mas que podem se tornar boas e práticas comuns. “É muito interessante e produtiva essa troca.”
Joey Simôes, do SEIU, enfatizou a importância do trabalho sindical global para a melhoria das relações capital-trabalho e fortalecer o movimento sindical global. Ele realiza um projeto em conjunto com o SiemacoSP para aprimoramento das ações sindicais e também estreitar as relações entre os sindicalistas norte-americanos com os colegas de São Paulo.