Dirigentes sindicais destacam-se durante a 2ª Virada Feminina
As diretoras do Siemaco Andrea Ferreira, Maria Silva e Silvana Souza estiveram na linha de frente da segunda edição da Virada Feminina, realizada no domingo, 27 de maio, na Assembleia Legislativa de São Paulo. Ao lado delas, as colegas do Sindicato dos Comerciários, Isabel Kauz e Cremilda Bastos Cravo, da presidente do sindicato de Agricultura Familiar e coordenadora da Ong Bambuzal Bahia, Jovina Marchi e a coordenadora de sustentabilidade da UGT, Cristina Palmieri.
Sair da discussão e partir para a ação foi o compromisso assumido pelas mulheres que formam a Virada Feminina. Os resultados foram mostrados através de palestras, rodas de conversa, debates e atividades lúdicas, direcionadas pelos Grupos de Trabalho principais: educação, sustentabilidade, empreendedorismo, violência contra a mulher, trabalho e geração de renda, saúde, beleza e bem-estar da mulher, cultura, gênero e etnia, mulher 50+ e LGBT+.). Todas as atividades sintonizadas com a agenda 2030, da ONU.
Sob a coordenação da presidente da Virada Feminina e da Libra (Liga das Mulheres Eleitoras do Brasil), Marta Lívia Suplicy, o evento integra o calendário oficial do município de São Paulo. Nesta segunda edição, foi desafio lançado de aumentar a representatividade política a partir das eleições de 2018.
“Somos suprapartidárias nas ações e apartidárias na política”, enfatizou Marta, convocando as mulheres a votarem em mulheres. “A solução é política e o problema é nosso,”, justificou.
Ela defende a mobilização “uma mais uma”, convocando as mulheres a votarem em candidatas mulheres e convencerem outra mulher a fazer o mesmo. Afinal, as mulheres são a maioria do eleitorado brasileiro e ainda minoria na política.
Direitos iguais
Na abertura oficial, o presidente da UGT, Ricardo Patah, destacou a parceria de dois anos com a Virada Feminina, ao lado do Sindicato dos Comerciários e o Siemaco-SP. “No Brasil, ainda devemos muito em respeito e solidariedade, especialmente para com as mulheres. Mas está no DNA da nossa entidade lutar pela cidadania e por igualdade de direitos e oportunidades. Isso é um objetivo de vida! Este ano, o voto é uma grande oportunidade de mostrarmos nossa indignação com as políticas públicas e o atual cenário brasileiro. Vamos levar a discussão da Virada para as ruas!” , disse.
Cris Palmieri reforçou que a pauta é única e que todos podem ser agentes de transformação criando formas de inclusão e consequente evolução. Difusora dos 17 Objetivos para o Desenvolvimento Sustentável, ela endossou que as pautas da Virada Feminina visam à efetividade, o que leva tempo porém é transformador e duradouro.
Izabel Kauz, que estreia como pré-candidata ao cargo de deputada federal terá o desafio, caso eleita, de aplicar na Alesp a experiência ímpar de uma mulher sindicalista. Ela responde pela Secretaria da Mulher do Sindicato dos Comerciários e coordenou os trabalhos do Grupo 50+, que visa à qualidade de vida e participação econômica e social das mulheres na faixa etária acima dos 50 anos.
“O comércio é feminino, pois somos a maioria”, disse a diretora, que não mediu esforços, nos bastidores, para que a estrutura física e mobilidade durante a Virada Feminina acontecesse. Um logística complicada num dia que o Brasil parou em decorrência da greve dos caminhoneiros.
Andrea Ferreira, que é diretora da pasta Inclusão e Minorias da Virada Feminina, coordenou ao lado da colega Maria Silva o grupo de trabalho LBGT +. O desafio é grande: promover o respeito à liberdade de escolha e identidade. Principalmente, a inclusão da mulher trans e travestis.
Silvana Silva e Cremilda Cravo trabalharam pela inclusão da Pessoa com Deficiência. Juntas, organizaram o Café Sensorial, visando mostrar às pessoas sem deficiência como é o mundo daqueles que têm alguma limitação física. Jovina Marchi veio da Bahia para mostrar a força da mulher agricultora e a luta contra o preconceito de gênero, mas também pela opção sexual.
As profissionais do Asseio e Conservação da Alesp trocaram e turno especialmente para atender a Virada Feminina. Funcionárias da empresa Arcolimp, ao lado de seus colegas homens, elas também fizeram bonito. Zelaram para que o ambiente estivesse seguro, limpo e em ordem para que os trabalhos acontecessem ao longo da maratona de dez horas. Como a presidente Marta Lívia resumiu, a palavra que definiu o espirito de colaboração coletiva é: gratidão!