Projeto Diversidade Social garante capacitação para mulheres trans

 Projeto Diversidade Social garante capacitação para mulheres trans

Em mais uma ação sindical, o Departamento da Diversidade Social, em parceria com Central de Cursos do Siemaco, levou trabalhadoras muito especiais para a sala de aula, na sexta-feira (14). Quatro mulheres trans participaram do curso “O Real Papel da Supervisão”, ministrado na subsede do sindicato, em Santo Amaro.

Valéria Diva de Jesus, Nádia Pereira, Edileusa Rodrigues e Aline Vieira Fonrobert participaram do curso de capacitação profissional ministrado pelos professores Silvio e Lea Guerreiro. Foram  seis hora-aulas, quando a turma de quase quarenta alunos recebeceu as noções básicas sobre a rotina do profissional de limpeza, competências esperadas e informações de como melhorar o desempenho profisisonal das equipes de limpeza.

Animadas com a proposta do Siemaco de aumentar a empregabilidade no segmento da Limpeza a partir da capacitação profissional, Valéria, Nádia, Edileusa e Aline, que também integram as ações do Transcidadania, reforçaram a essencialidade da educação formal. Até o final do ano letivo todas terão concluido o Ensino Médio.

Discriminação que gera o Preconceito

Edileusa já trabalhou como auxiliar de limpeza e sobreu na pele a discriminação. Apesar de saber muito bem como defender os seus direitos individuais, espera que o Siemaco estenda a informação sobre a importância da valorização da diversidade humana entre as empresas e trabalhadores. 

“A realidade é diferente no mundo do trabalho, falta emprego por conta da hipocrisia”, afirmou Nádia. Aline é a única do grupo que está trabalhando, apesar de informalmente e sem carteira assinada. Por isso, ela aceitou o convite do sindicato para tentar uma vaga formal de emprego.

Valéria Diva completou que o Telemarketing é uma das poucas áreas que emprega Mulheres Trans. Ela trabalhou com carteira assinada durante cinco anos, mas largou o emprego para voltar a estudar. 

A diretora responsável pela ação sindical, Andrea Ferreira, ressaltou que o Siemaco não tem o poder de empregar trabalhadores. “Estamos negociando com empresas e, para isso, estamos promovendo a capacitação profissional que garantirá às trabalhadoras trans competirem de forma justa por uma vaga formal no mercado de trabalho”, justificou.