Diretores do SIEMACO-SP participam de reunião da CONASCON sobre a nova estrutura sindical
Organização e a nova estrutura do movimento sindical. Com esse tema, diretores do SIEMACO São Paulo participaram de evento na sede do sindicato na manhã desta terça-feira (29), durante reunião extraordinária da Direção Executiva e Direção Nacional da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Prestação de Serviços de Asseio e Conservação, Limpeza Urbana e Áreas Verdes (CONASCON) que acontecia no local. Os presentes discutiram os rumos do sindicalismo e os desafios para os próximos anos, além do perfil do atual presidente da República, com relação às entidades sindicais.
Entre as discussões dos sindicalistas presentes, a ideia é de buscar novas formas de sustentação sindical e de aproximar ainda mais as entidades da população. “Queremos que o governo pare de interferir a todo momento na relação entre sindicato e trabalhador, estamos trabalhando pela conscientização de classe, mostrando que a filiação é importante para manter o sindicato funcionando e fiscalizando as convenções coletivas, dando apoio as bases e até mesmo fazendo um papel social, com assistência médica e odontológica, apoio jurídico, cursos de capacitação. O sindicato é um braço social essencial na vida do brasileiro”, coloca Moacyr Pereira, presidente do SIEMACO-SP e da CONASCON.
O presidente da União Geral dos Trabalhadores (UGT), Ricardo Patah, central sindical que a CONASCON e o SIEMACO-SP são filiados, falou sobre a Reforma Trabalhista e seus efeitos atuais na vida da classe trabalhadora, reforçando que o intuito dos governos atuais é acabar com a representatividade e a defesa dos direitos trabalhistas. “As centrais estão muito próximas e unidas para tirar ou amenizar os efeitos nefastos da Reforma Trabalhista. Agora, Bolsonaro quer aprofundar essas reformas e, pelo que percebemos, seu intuito é de extinguir o sindicalismo e eliminar direitos de vez”, disse.
“Precisamos resgatar no seio da sociedade a importância do movimento sindical”, ressaltou Roberto Santiago, presidente da Federação dos Trabalhadores em Serviços, Asseio e Conservação Ambiental, Urbana e Áreas Verdes do Estado de São Paulo (FEMACO) e vice-presidente do SIEMACO-SP. Para Santiago, buscar outros mecanismos de diálogo e outra abordagem com o governo são essenciais. “Hoje a população se afastou do sindicalismo. Nas décadas passadas tínhamos mais espaço nas mídias e no jornalismo tradicional, agora precisamos ter voz construindo nossa própria comunicação, mostrando de fato ao trabalhador que somos a única defesa dele frente à empresa. E também precisamos de mais organização política, voltar a eleger mais representantes da classe trabalhadora no Congresso, na Assembleia e nas câmaras municipais. Para reconquistarmos nosso espaço, é preciso estratégia”, concluiu.
Entre os presentes, a mensagem era de requalificação das bases e investir na comunicação direta com as categorias representadas. Os sindicalistas terminaram a reunião com novas metas para o próximo ano e focados na reorganização sindical.