SIEMACO-SP entra com ação coletiva na Justiça do Trabalho para que empresa pague salários e benefícios atrasados a funcionários da limpeza do Corinthians
Mais uma vez, como já ocorrido em outros meses deste e do ano passado, a empresa MGSERV, que presta serviço de limpeza no Parque São Jorge, sede do Sport Clube Corinthians Paulista, no Tatuapé, e no Centro de Treinamento do clube, nas imediações do Parque Ecológico do Tietê, ambos na Zona Leste da Capital, está com os salários e benefícios de todos os trabalhadores e trabalhadoras do setor de limpeza e copa atrasados desde março, há quase dois meses.
Para mediar a situação, a equipe de assessores do SIEMACO-SP, liderada pelo diretor Wagner Antonelli (Wagninho), encaminhou ofícios, tanto à MGSERV quanto ao Sport Clube Corinthians Paulista, cobrando a imediata quitação dos vencimentos e benefícios de todos os trabalhadores. A MGSERV retornou informando que “possivelmente” receberia do clube e pagaria os atrasados no dia 22 de abril, o que não aconteceu.
“Como os atrasos são recorrentes, estamos em constante contato com os trabalhadores da limpeza, fiscalizando as condições de trabalho e os atrasos de salário. Encaminhamos ofícios e recebemos como resposta que o contratante (Corinthians) não está repassando os valores devidos à empresa há mais de 100 dias, o que não justifica o atraso, pois os funcionários são contratados pela MGSERV e é a empresa que tem de ter uma reserva, pois é a responsável pelo pagamento dos salários”, disse o diretor.
Ainda segundo o diretor do sindicato, pela primeira vez a MGSERV respondeu dizendo que possivelmente faria a quitação dos débitos no dia 22 de abril, o que não ocorreu. “Vira e mexa, a cada dois ou três meses, tem atraso no pagamento dos salários e benefícios. A gente mandou ofícios cobrando e eles nos responderam, no dia 20 de abril, que ‘possivelmente’ iriam pagar, mas não pagaram nada”, completou.
O diretor Wagner também informou que o escritório de advocacia que presta serviço ao SIEMACO-SP vai fazer uma denúncia e entra com uma ação na Justiça do Trabalho.
De acordo com Gledis de Morais Lúcio, advogada e sócia do escritório Morais Lúcio Sociedade de Advogados, o sindicato entrará com uma ação coletiva na Justiça do Trabalho na segunda-feira, 27 de abril. “Ingressaremos com ação coletiva para pagamento dos salários, benefícos e cobrança da multa de 5%, prevista na Convenção Coletiva do Trabalho. Mesmo que eventualmente a empresa quite a dívida até lá, como os atrasos são recorrentes, ainda assim vamos entrar com a ação na Justiça”, explica.
“Não só pelo pagamento da multa, mas também para que os funcionários não sofram nenhum tipo de retaliação, já que a ação será coletiva. Nessa situação os trabalhadores não precisam esperar por uma conclusão até o cumprimento do contrato e ainda ter despesas com honorários advocatícios”, conclui Gledis.
*Foto: Wikipédia