Convênio médico da Loga: do jeito que tá não dá pra ficar! SIEMACO-SP e trabalhadores paralisam garagem Jaguaré cobrando melhorias no serviço
Depois de várias tentativas de diálogo e um abaixo-assinado com mais de 1.700 assinaturas, o SIEMACO São Paulo e o STERIIISP, com apoio da FEMACO, CONASCON e Global Union (UniAméricas), organizaram uma ação em frente à garagem da Loga Jaguaré, na manhã desta quarta-feira (30), para protestar contra a qualidade de atendimento do convênio médico da categoria, que hoje é feito pela UniHosp.
O presidente do SIEMACO São Paulo, André Santos Filho, discursou para trabalhadores em frente ao portão de entrada e saída dos caminhões, cobrando um serviço de qualidade e lembrando que o convênio é um direito previsto em convenção coletiva. “Vocês, companheiros, merecem ser bem atendidos. Se esforçam diariamente na coleta, sujeitos a todo tipo de problemas de saúde. Inadmissível que o convênio médico não os atenda decentemente. E mais, esse convênio médico não é um favor, é uma conquista do sindicato e da categoria. É um direito previsto em convenção coletiva e deve ser respeitado”, disse.
Segundo os trabalhadores, o maior problema é a falta de estrutura na rede de atendimento, que não atinge as quatro regiões da cidade, como prevê a Convenção Coletiva de Trabalho (CCT). “Não podemos aceitar que um trabalhador tenha que se deslocar por horas, gastando com condução, para conseguir ser atendido por um médico. O convênio tem obrigação de atender toda a capital, não só num lugar específico. Se não houver solução, que troquem a empresa que presta o serviço”, disse aos trabalhadores Moacyr Pereira, diretor Tesoureiro do SIEMACO-SP e presidente da CONASCON.
Elmo Nicácio, o Lagoa, diretor responsável por representar o sindicato nas garagens da Loga, afirma que o problema não é pontual e vem se estendendo por meses, inclusive com problemas de atendimento em outras cidades. “Nós tínhamos o convênio NotreDame Intermédica, que foi substituído pela UniHosp Saúde, que completou um ano agora em março. Eles não têm convênios com hospitais em São Paulo e é disso que o trabalhador precisa. Chegou num ponto que não dá mais. Essa mesma manifestação também ocorreu hoje, no mesmo horário, no ABC. Lá eles estão passando pelo mesmo problema de troca de convênio”, disse Lagoa.
*Pelos jornalistas Alexandre de Paulo (MTB 53.112/SP) e Fábio Busian (MTB 81.800/SP)