SIEMACO-SP participa de ato no Vale do Anhangabaú em que presidente Lula confirma aumento do salário mínimo no Dia do Trabalhador

 SIEMACO-SP participa de ato no Vale do Anhangabaú em que presidente Lula confirma aumento do salário mínimo no Dia do Trabalhador

Presidente do SIEMACO-SP, André Santos Filho, discursa no 1° de Maio no Vale do Anhangabaú – Fotos: Alexandre de Paulo

Em Ato Unificado em homenagem ao trabalhador e a trabalhadora, organizado pelas Centrais Sindicais neste 1° de Maio, no Vale do Anhangabaú, no Centro de São Paulo, o SIEMACO São Paulo acompanhou, junto com milhares de pessoas, o anuncio feito pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva do aumento do salário mínimo, que passa a valer R$ 1.320,00 a partir desta terça-feira (2).

O nosso 1º de Maio não poderia ser diferente. Logo pela manhã houve concentração na sede do SIEMACO São Paulo e em seguida partimos em direção à Festa do Trabalhador e da Trabalhadora. Na saída, com cerca de 100 sindicalistas reunidos na porta do SIEMACO-SP, o presidente André Santos Filho puxou o grito de guerra: “trabalhador unido, sindicato forte!”

1º de Maio da Esperança

A festa do Trabalhador, cuja data é superimportante para lembrarmos da luta pelos direitos trabalhistas e que neste 1° de maio de 2023 completou 80 anos da Publicação da Consolidação das Leis do Trabalho, foi incrível.

O presidente do SIEMACO-SP, André Santos Filho, saudou a multidão e mandou o seu recado do palco. “Após seis anos finalmente estamos reunidos neste 1° de Maio, Dia do Trabalhador e da Trabalhadora. Digo seis anos pois foram dois anos de governo Temer, esse traidor dos trabalhadores, e quatro do negacionista e fascista Bolsonaro. Estamos hoje com a alma lavada nessa comemoração. Parabenizo todas as centrais que se uniram nesse movimento. O que nós queremos é emprego digno e salários justos, e não a volta do imposto sindical, como muitos tem mentirosamente alardeado. O nosso presidente veio do movimento sindical e deve ser apoiado por todos nós. Vamos nos libertar, vamos lavar a nossa alma: viva o trabalhador, o sindicato e viva o Brasil”, disse.  

Ricardo Patah, presidente nacional da UGT, falou em seguida. “Este 1º de Maio é um dia emblemático, pois é o 1º de Maio da Democracia, o 1º de Maio do povo brasileiro, que escolheu nas urnas a mudança de rumo ao trocar o Brasil do caos e da violência pelo Brasil da paz, do crescimento econômico, da inclusão social, do emprego, da distribuição de renda”, disse.

Moacyr Pereira, presidente da CONASCON e tesoureiro do SIEMACO-SP, ressaltou a importância da união e lembrou que este é o primeiro Dia do Trabalhador que comemoramos sem Bolsonaro na presidência.

O SIEMACO-SP também representou a UGT, CONASCON e FEMACO na ocasião, mostrando que a união faz a força. Foi um dia de forte calor, com muita música e momentos de alegria e união, mas que também serve para refletirmos sobre as conquistas e desafios da classe trabalhadora. Ainda temos muito a lutar por condições justas de trabalho, salário digno e segurança no emprego.

Presidente Lula

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, além de anunciar o aumento do salário mínimo também disse que o governo federal deve lançar uma terceira edição do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). A promessa é agilizar o setor de infraestrutura.

Lula, que iniciou seu discurso com agradecimentos ao povo brasileiro por dar mais um voto de confiança a ele, afirmou que pretende retomar o Farmácia Popular, que amplia o acesso gratuito a medicamentos, e adotar ações que garantam que as camadas socialmente vulneráveis consigam atendimento médico com especialistas.

“Nós vamos garantir que as pessoas pobres desse país tenham direito a um especialista, para não morrer com uma receita na cabeceira da cama”, disse.

Se, por um lado, o presidente demonstrou gratidão a seus eleitores, por outro criticou os ataques dos apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro, por contribuírem com a disseminação de desinformação, que quase minaram sua terceira reeleição. Lula reforçou a mensagem de que é preciso ter cuidado, ao repassar conteúdos que configuram as chamadas fake news.

“A gente não pode permitir que a mentira continue prevalecendo neste país”, defendeu. “Foi a verdade que derrotou o ex-presidente da República.”

Ao citar a data celebrada, Lula argumentou que, ao longo de “milênios de existência da humanidade”, não se pode mais tolerar a desigualdade de gênero em nenhuma área da vida e que, no mercado de trabalho, o mesmo se aplica.

O chefe do Poder Executivo concluiu o discurso com uma mensagem sobre a punição dos autores dos atos relacionados à tentativa de golpe, em 8 de janeiro, quando buscaram anular a vitória dele sobre Jair Bolsonaro.

“Todas as pessoas serão presas, porque esse é um país de democracia de verdade”, disse ele, concluindo a fala sob aplausos e gritos de “Sem anistia” dos manifestantes.

Lula compareceu ao evento acompanhado de comitiva composta pelos ministros Luiz Marinho, do Trabalho e Emprego, Paulo Pimenta, da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, Paulo Teixeira, do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Cida Gonçalves, das Mulheres, e da presidente nacional do Partido dos Trabalhadores, a deputada federal Gleisi Hoffmann.

* Pelos jornalistas Alexandre de Paulo (MTB 53.112/SP) e Fábio Busian (MTB 81.800/SP), com informações da Agência Brasil. Fotos: Alexandre de Paulo e Fábio Busian/Sescom SIEMACO-SP