Entenda as diferenças entre covid-19 e dengue; aprenda a identificar e saiba como agir

 Entenda as diferenças entre covid-19 e dengue; aprenda a identificar e saiba como agir

País atravessa período de aumento de casos das duas doenças – Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr

Com o aumento significativo de casos de dengue e a persistência da covid-19 em São Paulo e diversas cidades do Brasil, é essencial compreender as distinções entre essas doenças para buscar um diagnóstico médico mais preciso e tratamento adequado. Ambas podem apresentar sintomas semelhantes, como febre, dor de cabeça e mal-estar, o que pode gerar dúvidas e preocupações, tanto no médico quanto no paciente.

Segundo o infectologista Moacyr Silva Junior, do Serviço de Controle de Infecção do Hospital Albert Einstein, embora ambas sejam causadas por vírus, a dengue e a covid-19 possuem modos de transmissão distintos. Enquanto a dengue é transmitida pela picada do mosquito Aedes aegypti, a covid-19 ocorre por via aérea, principalmente através do contato próximo com pessoas infectadas, como tosse ou espirro.

Dengue:

A dengue é caracterizada como uma doença febril aguda, sistêmica e autolimitada. Seus sintomas clássicos incluem febre, dor no corpo, dor atrás dos olhos e mal-estar. É fundamental destacar que, após o período febril inicial, podem surgir sinais de alerta indicando agravamento da doença, como vômitos recorrentes, desidratação, dor abdominal e manchas pelo corpo. É importante procurar assistência médica urgente ao notar esses sinais, especialmente se a febre diminuir e os sintomas se agravarem.

Covid-19:

Por outro lado, a covid-19 é uma infecção respiratória aguda causada pelo coronavírus SARS-CoV-2. Seus sintomas comuns incluem tosse, dor de garganta, coriza, febre, calafrios, dores musculares e fadiga. Embora a febre não seja obrigatória, a presença de sintomas respiratórios como tosse e dificuldade para respirar é característica da doença. Em casos graves, pode ocorrer falta de ar persistente, frequência respiratória aumentada e necessidade de internação em unidades de terapia intensiva.

Evite automedicação:

Diante da sobrecarga dos sistemas de saúde, é comum que as pessoas recorram à automedicação para alívio dos sintomas. No entanto, é importante agir com cautela, especialmente no caso da dengue, em que o uso de ácido acetilsalicílico (AAS) pode agravar sinais de hemorragia em casos de dengue hemorrágica. Para a covid-19, medicamentos como dipirona e lavagem nasal com soro fisiológico podem ajudar a aliviar os sintomas, mas a busca por orientação médica é fundamental, principalmente em casos de sinais de gravidade.

É crucial que a população esteja ciente das diferenças entre essas doenças e busque atendimento médico adequado ao apresentar sintomas, contribuindo assim para um manejo eficaz e prevenção de complicações. Mantenha-se informado através de fontes confiáveis e siga as orientações das autoridades de saúde para proteger a si mesmo e à comunidade.

*Pelos jornalistas Alexandre de Paulo (MTB 53.112/SP) e Fábio Busian (MTB 81.800/SP)